“Decidi pela bariátrica quando fui parar no hospital aos 20 anos achando que era infarto”

“Decidi pela bariátrica quando fui parar no hospital aos 20 anos achando que era infarto”

Aos 23 anos, a vendedora Rafaella Dumat passou a utilizar o Instagram para compartilhar a rotina após a cirurgia bariátrica. A jovem, que tem acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, conta que sempre teve problemas com o peso, mas que a decisão pela cirurgia foi tomada após parar no hospital por duas vezes com pressão alta, acreditando que era infarto. 

A venderora de 1,19m que chegou ao peso máximo de 79,8kg, hoje pesa 45kg. “Sempre tive uma infância conturbada em relação a peso. Fiz algumas cirurgias nas pernas por conta do nanismo, ficava muito tempo em uma cadeira de rodas. Teve um ano que fiquei o ano inteiro na cadeira de rodas e acabei engordando muito. Em 2019 passei por um problema familiar, engordei mais de 20kg e cheguei no auge do meu peso.”

Ela conta que, por várias vezes, tentou emagrecer e ainda que com ajuda de dieta, reeducação alimentar e academia, acabava não conseguindo. “Pessoas com nanismo têm uma tendência ao sobrepeso e meu metabolismo sempre foi muito lento. Não culpo o nanismo por tudo, mas acredito que tenha sido mais complexo o processo por conta da deficiência.”

Rafaella afirma que o excesso de peso começou a prejudicar muito a sua saúde e que não conseguia, sequer, caminhar por distâncias maiores que 50 metros. “Ia para a academia, mas não conseguia emagrecer. A gente acaba desistindo porque não vê resultado. Tomei a decisão de fazer a cirurgia quando comecei a ver que não tinha solução. Fui parar no hospital três vezes aos 20, 21 anos achando que estava tendo um infarto. Tentei dieta, reeducação alimentar e eu emagrecia um pouco e voltava ao dobro”, lamenta. 

Questionada sobre preconceito envolvendo a cirurgia, a vendedora acredita que isso acontece independente da deficiência. “As pessoas nunca sabem como está a nossa saúde”, finaliza. 

A cirurgia foi feita em janeiro de 2022 e desde então, a jovem perdeu 34,8kg. Rafaella diz que o médico foi uma indicação, mas que também nunca tinha operado uma pessoa com nanismo e que depois da avaliação, principalmente do abdômen, foi informada que não teria riscos maiores que outra pessoa sem a deficiência.

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